terça-feira, 1 de junho de 2021

Crítica: Invocação do Mal 3 - A Ordem do Demônio (2021)








Dirigido por: Michael Chaves. Roteiro de: David Leslie Johnson-McGoldrick. Fotografia de: Michael Burgess. Estrelando: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Ruairi O'Connor, Sarah Catherine Hook e Julian Hilliard.

Maior e mais ambiciosa franquia de terror de todos os tempos, The Conjuring Universe abriga obras com resultados muito diversos, desde o pavoroso A Maldição da Chorona, passando pelo mediano Annabelle 3 até o sublime Invocação do Mal 2. Oitavo filme da série e segunda continuação do original de 2013, Invocação 3 foi comandado pelo mesmo Michael Chaves que dirigiu Chorona. Mais bem acessorado do que antes, o cineasta conduziu aqui um projeto eficaz, mesmo que sem a graça e energia que James Wan imprimiu nos capítulos anteriores.

Ambientado em 1981, quatro anos após os eventos de Invocação 2, o roteiro acompanha o casal Ed e Lorraine Warren enquanto investigam o notório assassinato cometido pelo jovem Arne Johnson, que alega ter estado possuído quando cometeu o crime. O filme abre-se com uma sequência eletrizante que, embora aqui e ali apele para os famigerados jump scares, consegue estabelecê-lo como um evento suntuoso. Um blockbuster de terror.

De cara, já temos uma novidade. É o primeiro longa sobre os Warren que não é sobre uma casa assombrada. Isto abre novas e interessantes possibilidades, já que a química de Vera Farmiga e Patrick Wilson consegue vender a história, independente da opinião que o público possa ter sobre a veracidade dos casos por eles investigados. O que nos traz à segunda novidade: é a primeiro Invocação que possui uma vilã humana (mais sobre isso daqui a pouco).

Embora competente em seus aspectos técnicos, o projeto lança mão de uma fotografia menos inventiva que seus predecessores, apostando numa paleta tendendo ao sépia. E, claro, uma das criaturas aqui vistas é tão ridícula que me pergunto como conseguiu sobreviver aos test screenings

É lamentável que, após um primeiro e segundo ato bem construídos, o terceiro desperdice tanto potencial naquela que foi a reviravolta mais artificial da série, resultando num clímax fraquíssimo, não somente inutilizando a recém-introduzida vilã, como tendendo à propaganda religiosa, algo que Wan tomava o cuidado de evitar. Mas ainda há tempo para ele retornar e colocar ordem na casa, já que mais um spin-off foi anunciado, além de uma sequência para A Freira. E é melhor ele se apressar, pois os arquivos Warren podem se esgotar em breve.

Por Bernardo Argollo

Agradecimentos: Espaço Z, Warner Bros. e todos aqueles presentes na sessão de imprensa de Invocação do Mal 3, por acreditarem na experiência inesquecível de assistir um filme no cinema.

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