Dirigido por: Colin Trevorrow. Roteiro de: Emily Carmichael e Colin Trevorrow. Fotografia de: John Schwartzman. Estrelando: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Laura Dern, Jeff Goldblum e Sam Neill.
Assinado por Colin Trevorrow, que ausentou-se do segundo longa, o projeto final (até agora) da saga Jurassic Park/World cumpre bem seu papel, unificando as duas subfranquias de maneira eficiente. Óbvio em suas mensagens e romântico em suas decisões narrativas, o longa empolga pela nostalgia.
Aberto numa sequência que, ainda que bem intencionada, peca por reciclar a abertura do filme de 2018, o roteiro inicia-se alguns anos após Reino Ameaçado, com os dinos agora convivendo com humanos. Agora, o Chris menos querido da internet precisa impedir uma gigante farmacêutica que se envolve numa conspiração sem precedentes. E, para isso, contará com a ajuda de velhos conhecidos.
Além da sempre perfeita Laura Dern, vemos também o retorno de Alan Grant, paleontologista interpretado por Alan Grant. E, ao contrário do que um cineasta menos habilidoso tenderia a fazer, Trevorrow evita "abusar" dos acordes clássicos da trilogia original. Eles estão presentes, é claro, mas apenas para comentar a trama, não para guiá-la.
Habilidoso ao inserir os lagartões em situações inéditas, Trevorrow filma suas cenas de ação com habilidade. Se por um lado peca por retornar à pavorosa razão de aspecto de 2.00:1 (que o streaming insiste em usar), por outro acerta ao filmar em película e moderar no CGI, com vários dinossauros animatrônicos.
Tropeçando em seus minutos finais, o longa aposta numa solução que talvez agradará uma criança de seus dez anos. Mas, sendo mais velho que isso (mas não muito) acredito que o roteiro apostou num desfecho simples para um problema muito complexo. De todo modo, a atitude é compreensível. A resposta ideal, infelizmente, seria sombria demais para as plateias melindrosas dos tempos de hoje.
Por Bernardo Argollo
Agradecimentos: Espaço Z, Universal Pictures e Warner Bros. Pictures.