terça-feira, 2 de julho de 2019

Crítica: Homem-Aranha - Longe de Casa (2019)













Dirigido por: Jon Watts. Roteiro de: Chris McKenna e Erik Sommers. Fotografia de: Matthew J. Lloyd. Estrelando: Tom Holland, Samuel L. Jackson, Zendaya, Marisa Tomei, Jake Gyllenhaal, Jacob Batalon e Jon Favreau.

Homem-Aranha: Longe de Casa começa logo após os eventos de Vingadores: Ultimato, sendo o último filme da Saga do Infinito. Enlutado pela perda de Tony Stark, o Cabeça de Teia ainda tem de lidar com a pressão por saber quem será o sucessor do seu antigo mentor. Com o cargo vago, em meio ao mundo pós-blip, o jogo está aberto.

Novamente comandado por Jon Watts, o longa retrata uma viagem escolar para a Europa, o que não é apenas eficiente do ponto de vista da ambientação (afinal, ninguém aguenta mais ver Nova York indo pelos ares) como representa bem a ideia de um novo começo para os personagens. No entanto, eles dificilmente conseguirão descansar, já que Nick Fury (Jackson) acaba recrutando Peter (Holland) para ajudá-lo a derrotar criaturas conhecidas como Elementais, que vêm causando catástrofes por todo o mundo. Para tanto, ele se juntará a Mysterio (Gyllenhaal), um novo super herói cujas reais intenções são mais sombrias do que parecem.


A ação aqui é bem mais interessante do que aquela vista em De Volta ao Lar. Se as sequências de ação do filme de 2017 foram concebidas como uma coleção de cortes frenéticos e movimentos incompreensíveis, aqui podemos observar com clareza a geografia da cena, bem como quem se move em direção a quem. Tal abordagem, por sua vez, se faz essencial para a narrativa, pela própria natureza do Mysterio, interpretado com eficiência por Jake Gyllenhaal.


Apostando num elenco que agrada pela diversidade, desde o contraste entre Ned e Betty até a garota que usa hijab, Watts é esperto ao perceber que o carisma de Tom Holland é o que realmente sustenta o filme. O jovem ator retrata bem o conflito interno de seu personagem, indeciso sobre levar a vida de um adolescente normal ou abraçar sem reservas seu lado herói. E como todo herói tem um mentor, desta vez a tarefa cabe ao improvável Happy (Favreau, diretor de Mogli e O Rei Leão), que não somente a cumpre, como também serve de alívio cômico.


De todo modo, o projeto é suficientemente divertido, moderno e inteligente o suficiente para merecer uma inequívoca recomendação. Mesmo investindo numa fórmula já desgastada, o MCU prova que ainda têm boas histórias para contar. Preparando o terreno para a nova fase da Marvel, mas sem soar como mero trailer de episódios futuros, o longa introduz novos elementos que certamente serão importantes nas próximas fases. Aguardemos.


P.S.: Há duas importantíssimas cenas pós-créditos.


Por Bernardo Argollo


Agradecimentos: Espaço Z e Sony Pictures.

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