quarta-feira, 11 de março de 2020

Crítica: Aprendiz de Espiã (2020)













Dirigido por: Peter Segal. Roteiro de: Jon e Erich Hoeber. Fotografia de: Larry Blanford. Estrelando: Dave Bautista, Chloe Coleman, Kristen Schaal e Ken Jeong.

A comédia é um dos gêneros cinematográficos de análise mais complexa, já que depende (mais do que o usual) do referente do espectador para funcionar. O que provoca riso em uma pessoa pode provocar apenas indiferença em outra. Apostando na ideia clichê de colocar um cara durão fora de seu contexto habitual, o projeto de Peter Segal (do mediano Grudge Match) falha em se estabelecer como algo digno de nota, apesar do elenco talentoso.


O roteiro acompanha JJ Cena (Bautista), agente da CIA que, após fracassar em sua última missão, é designado para vigiar a esposa e a filha de um traficante de armas foragido. A tarefa, no entanto, se torna mais difícil quando a garotinha Sophie (Coleman) descobre sua identidade e começa a suborná-lo para que ele a acompanhe em eventos e passeios.


Dito isto, é entristecedor ver o talentosíssimo Dave Bautista se entregar ao embaraço, em cenas inspiradas em filmes muito melhores. E se um agente da CIA ser manipulado por uma criança de nove anos já prejudica a suspensão da descrença, mais irritante ainda é a insistência no romance forçado, nas reviravoltas previsíveis e num peso dramático que não se encaixa ali.


Ainda que prejudicada por diálogos constrangedoramente expositivos, a garota Chloe Coleman se sai bem ao emular a criança-prodígio tão comum em filmes dos anos 1990. Remetendo a filmes como Um Tira no Jardim de Infância, Operação Babá e O Fada do Dente, o longa é um entretenimento familiar razoável, mesmo com seus problemas.


Por Bernardo Argollo


Agradecimentos: Diamond Films.

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