quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Crítica: Feito na América (2017)













Dirigido por: Doug Liman. Roteiro de: Gary Spinelli. Produzido por: Brian Grazer, Brian Oliver. Estrelando: Tom Cruise, Sarah Wright, Domhnall Gleeson.

Mais um exemplar do subgênero self-made manque inclui filmes consagrados como O Lobo de Wall Street, este Feito na América utiliza o carisma indiscutível de Tom Cruise para narrar a curiosa história do piloto de aviação civil que se tornou espião e traficante. No fim dos anos 1970, Barry Seal foi convidado pela CIA para pilotar em missões de reconhecimento em territórios estrangeiros de interesse estratégico. Durante uma missão, o cartel de Medellin contrata o piloto para contrabandear cocaína para os EUA. Barry logo percebe que enriqueceria mais rápido se também trabalhasse para eles.

Apenas pincelada por produções como Conexão Escobar e Narcos, a história é, dessa vez, explorada com mais calma pelo roteiro de Gary Spinelli que, sem apelar para exposições desnecessárias, resume a premissa em um primeiro ato ágil que nos coloca imediatamente ao lado do protagonista.


Exibindo o vigor físico costumeiro, Cruise impressiona pela atuação enérgica e entrega ao personagem. Bastante à vontade, o ator de diverte com os maneirismo de Seal, ao mesmo tempo que se afasta de performances mais concisas, como as das franquias Missão Impossível e Jack Reacher.


Apesar de a maioria das ações retratadas pelo longa parecerem absurdas, gerando risos involuntários em várias cenas, é feita uma inteligente crítica à política de combate às drogas pelo governo americano. Em certo momento, vemos o discurso de Nancy Reagan, afirmando que "basta dizer não" às drogas e, deixando patente como o governo indiretamente armou os cartéis sul-americanos.


Encerrando-se num momento ligeiramente anti-climático, o roteiro peca por se parecer muito com Narcos. É impossível não lembrar da série, principalmente nas cenas envolvendo malas e bolsas de dinheiro. A busca pelo sonho americano continua sendo um tema farto para o cinema, e filmes como o recente Cães de Guerra e este Feito na América provam que jornadas distorcidas em busca de sucesso podem render ótimos filmes.


Por Bernardo Argollo


Agradecimentos: Espaço Z e Universal Pictures.

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