quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Crítica: Free Guy - Assumindo o Controle (2021)

Dirigido por: Shawn Levy. Roteiro de: Matt Lieberman e Zak Penn. Fotografia de: George Richmond. Estrelando: Ryan Reynolds, Jodie Comer, Lil Rel Howery, Utkarsh Ambudkar, Joe Keery e Taika Waititi.

Mais cuidadoso com os projetos dos quais participa desde o desastroso Lanterna Verde, Ryan Reynolds conseguiu de fato se estabelecer como ator cômico. Dono de um senso de humor que, felizmente, inclui gags físicas, Reynolds se equilibra bem entre o ousado, o cativante e o amável.

O roteiro de Matt Lieberman e Zak Penn conta a história de Guy (Reynolds), um bancário que, embora curioso e questionador, segue à risca sua nada interessante rotina. Ao se interessar por uma garota, o rapaz reflete sobre a natureza de sua própria existência, descobrindo então ser um NPC (personagem não jogável, na sigla em inglês) do jogo Free City, um RPG. Enquanto isso, no mundo real, a programadora Millie Rusk (Comer) tenta provar que o empresário Antwan (Waititi, inspiradíssimo) roubou o código de um jogo criado por ela e o inseriu em Free City.

Combinando Ready Player One com O Show de Truman (e algumas pitadas de Grand Theft Auto), o projeto ainda consegue ser também uma comédia romântica eficaz. Isto só foi possível, claro, graças à química perfeita entre Jodie Comer e Joe Keery (de Stranger Things), cativantes e vulneráveis na medida certa. E tudo isso embalado pela música-tema de um curta que prefiro manter em segredo.

O longa é inteligente até mesmo na forma com a qual insere comentários sociais sobre questões importantes que ainda fazem parte do mundo dos games, e ainda flerta com ideias mais profundas sobre consciência, sentimentos, e amor. Trazendo pontas de figuras como Chris Evans, Hugh Jackman e The Rock, o projeto agradará também àqueles pouco familiarizados com jogos eletrônicos, sendo capaz de colocar um sorriso no rosto até do mais cético dos espectadores.

Por Bernardo Argollo

Agradecimentos: Espaço Z, 20th Century Studios e todos aqueles presentes na sessão de imprensa de Tempo, por acreditarem na experiência inesquecível de assistir um filme no cinema.

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