Dirigido por: Doron e Yoav Paz. Roteiro de: Ariel Cohen. Estrelando: Hani Furstenberg, Aleksey Tritenko, Konstantin Anikienko e Ishai Golan.
Ambientada na Lituânia do século XVII, a narrativa acompanha a jornada de Hanna (Hani Furstenberg), mulher que perdeu seu filho há quase uma década. Habitante de um vilerajo judeu, ela espiona reuniões de rabinos e estuda secretamente a cabala. Após um conflito com gentios que culpam seu povo por uma praga, Hanna cria um Golem, espécie de servo mítico criado artificialmente, segundo a tradição judaica.
Desperdiçando a boa ideia de que o Golem funcionaria como uma extensão de seu criador e, consequentemente, de sua personalidade, a dupla de diretores peca por se entregar ao mero gore, bem como ao velho clichê da criança-assustadora-perversa. Fartamente explorado desde Cemitério Maldito (1989), o conceito aqui é absolutamente ineficaz, e o fato de o monstro ser interpretado por um péssimo ator mirim (Anikienko) também não ajuda.
Incluindo uma cena claramente inspirada pelo sublime A Bruxa, o projeto parece bem mais longo do que seus meros 95 minutos de projeção. Ao menos, os cineastas entendem que este é um filme que somente funcionará caso o espectador compreenda a ligação física e psíquica entre a criadora e sua criatura. Desse modo, ao fazê-la o centro absoluto da narrativa, conseguimos abstrair as subtramas bobas e nos concentrar no que realmente importa. No fim das contas, o saldo é positivo.
Por Bernardo Argollo
Agradecimentos: Espaço Z e PlayArte Filmes.
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