sábado, 11 de maio de 2019

Crítica: John Wick 3 - Parabellum (2019)













Dirigido por: Chad Stahelski. Roteiro de: Derek Kolstad, Shay Hatten, Chris Collins, Marc Abrams. Estrelando: Keanu Reeves, Halle Berry, Laurence Fishburne, Mark Dacascos, Asia Kate Dillon, Anjelica Huston, Ian McShane e Saïd Taghmaoui.

A franquia John Wick traz exatamente o tipo de filme consciente de todos os clichês que utiliza, desde as jornadas por vingança até as lutas absurdas, beirando o cartunesco. Trazendo como mote a expressão latina "si vis pacem, para bellum" ("se quer paz, se prepare para a guerra"), o projeto dá sequência à história de um homem que, desde o primeiro filme, não mede esforços para manter viva a memória de sua amada.


Iniciando imediatamente após os acontecimentos do último longa, o roteiro escrito a oito mãos segue o matador de aluguel John Wick (Reeves), que agora é caçado por ter tirado uma vida dentro do Hotel Continental, que serve de abrigo a todos os assassinos do mundo e, consequentemente, nenhum contrato pode ser ali executado. Desse modo, Wick batalha para se manter vivo, enquanto tenta sair da cidade de Nova York.


Parabellum acaba se vendo preso à obrigação de trazer perigos maiores, riscos mais intensos e, claro, mais vilões para atrapalhar a vida do protagonista, c
omo quase sempre acontece em toda franquia protagonizada por heróis (ou, neste caso, anti-herói). Só que, diferentemente dos filmes de super-herói, nos quais nunca tememos realmente pelo destino dos personagens, aqui as ameaças soam palpáveis. Desde o ambíguo Winston (McShane) até a pragmática "juíza" vivida por Asia Kate Dillon, todas as figuras presentes no Wickverso soam verdadeiramente ameaçadoras, o que, combinado à composição impecável de Keanu Reeves, garante envolvimento total do espectador.

Interessado mais na estética e na coreografia do que em subtextos, o filme mais uma vez investe em uma ambientação típica do gênero neo-noir, com fotografia escura, cores fortes e contrastantes, luz e sombra... E, nas cenas diurnas, céu sempre nublado. As lutas corporais variam entre o sangrento, o caricato e o quase cômico, com destaque para a briga envolvendo facas, no primeiro ato.


Mesmo deixando pontas soltas a serem exploradas em continuações e spin-offs, o longa felizmente consegue ser um fim em si mesmo, evitando o erro comum de soar como um trailer de acontecimentos futuros. Por via das dúvidas, a personagem de Halle Berry merecia um filme só dela, não é mesmo?


Por Bernardo Argollo


Agradecimentos: Espaço Z e Paris Filmes.

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