quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Crítica: Homem-aranha - No Aranhaverso (2018)













Dirigido por: Bob Persichetti, Peter Ramsey, Rodney Rothman. Roteiro de: Phil Lord, Rodney Rothman. Estrelando: Shameik Moore, Jake Johnson, Chris Pine, Hailee Steinfeld, Liev Schreiber.

Novo filme da Sony Animation, Aranhaverso é a sétima aventura estrelada pelo Homem-aranha. Sem tentar imitar os traços e estilo da Disney, como tantos estúdios de animação insistem em fazer, a Sony apresenta um projeto que soará familiar para os leitores de quadrinhos, agradando também a todos os outros.

O roteiro concentra-se em Miles Morales (Moore) que, após ser mordido por uma aranha geneticamente modificada, conhece outros heróis com poderes bem similares, habitando dimensões paralelas. Agora, Morales precisa se juntar a eles para derrotar o Rei do Crime (Schreiber), antes que este execute um plano sinistro que resultará em catástrofe para todas as pessoas-aranha. Como já é de costume em narrativas protagonizadas pelo Aranha, há momentos dramáticos envolvendo relações familiares e o equilíbrio entre as ocupações do cotidiano e obrigações como super-herói.

Visualmente interessante, o longa acerta ao empregar uma linguagem bem similar à dos quadrinhos, com onomatopeias, balões, split-screens e paleta sempre saturada. Até mesmo técnicas de impressão de HQs são homenageadas aqui, como os pontos Ben-Day, algo que só aumenta o charme da produção. E, desse modo, acompanhamos a trajetória dos heróis, cada um com superpoderes únicos, ressaltados em cada batalha por meio de divertidos efeitos psicodélicos.


Trazendo como tema central a dinâmica mentor-aprendiz tão comum em filmes do gênero, o longa se diverte empregando um Peter Parker em fim de carreira como contraponto ao pai superprotetor do protagonista. E, falando em personagens, o time de dubladores escolhidos é de tirar o fôlego. Mesmo sem terem muito tempo de tela, Nicolas Cage e John Mulaney conseguiram provocar riso e dar diferentes tons ao Spider Noir e Peter Porker, respectivamente. Já Hailee Steinfeld (de Bumblebee), umas das atrizes mais versáteis da nova geração, dubla a moradora da versão mais interessante do multiverso.


Focado quase inteiramente no humor, Aranhaverso aposta em todo tipo de piada possível e imaginável. Diferente de todos os filmes baseados no personagem e ao mesmo tempo maravilhosamente familiar, merece uma grande e inequívoca recomendação, mesmo que nos limitemos a apreciá-lo como um exercício de metalinguagem.


P.S.: Há uma divertidíssima cena pós-créditos.


Por Bernardo Argollo


Agradecimentos: Espaço Z e Sony Pictures.

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