quarta-feira, 6 de junho de 2018

Crítica: Jurassic World - Reino Ameaçado (2018)













Dirigido por: J.A. Bayona. Roteiro de: Colin Trevorrow, Derek Connolly. Estrelando: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Rafe Spall, James Cromwell, Jeff Goldblum.

O fenômeno de “Jurassic Park” (1993), dirigido pelo mestre Steven Spielberg, resultou em uma franquia de grande sucesso. A (criminalmente) injustiçada sequência “O Mundo Perdido” (1997) e o medíocre “Jurassic Park III” (2001) fecharam o que seria uma mera trilogia dos queridos dinossauros... até que o diretor Colin Trevorrow se mostrou bem sucedido em trazer a franquia de volta aos eixos, com o ótimo “Jurassic World” (2015). Agora temos a sequência direta do último filme, intitulada "Jurassic World: Reino Ameaçado", uma obra que se alterna entre ideias novas (para a saga) e outras bem batidas...

Dirigido por J.A. Bayona (de “O Impossível”), o longa traz um clima mais sombrio, o que remete sutilmente ao “Mundo Perdido”. Por sinal, a adorável - e curta - aparição do clássico personagem Ian Malcolm (Jeff Goldblum) nos deixa preparados para uma dose extra de pessimismo, o que era de se esperar após o clima “pra cima” e revivalista do filme anterior. Dessa vez, os dinossauros da ilha podem ser naturalmente extintos mais uma vez, e os humanos possuem seus motivos (bons ou maus) para salvar os “pobres bichinhos”.


Bryce Dallas Howard incorpora uma Claire Dearing bastante ativista, o que a deixa meio descaracterizada (positiva e negativamente) em relação ao filme anterior. Já Chris Pratt continua brilhando com o seu Owen Grady divertido e intenso de sempre. James Cromwell é o "Hammond" do momento, trazendo bons resultados. Já os vilões são caricatos, previsíveis e irritantes... com exceção do ótimo Ted Levine, que soube se divertir com o seu personagem. Por fim, Daniella Pineda e Justice Smith interpretam ativistas tão agradáveis quanto uma bela indigestão... sendo superados até pelo carisma de alguns dos dinossauros.


Apesar de trazer algumas situações burocráticas e esquemáticas, além de problemas de ritmo - especialmente na segunda metade -, o filme mantém a capacidade de deixar o espectador tenso e empolgado nas cenas de ação, especialmente na excepcional sequência que ocorre durante uma erupção. A fotografia e os efeitos também se mostram eficientes o bastante. E o final representa um comovente acerto, visto que abre brecha para uma saudável discussão sobre evolução, sobre o espaço dos dinossauros no mundo, e sobre a possível estupidez que faz parte até das pessoas “de bom coração”.


Sem novidades para o cinema como um todo, “Jurassic World: Reino Ameaçado” flerta com algumas ideias que nos levam a querer ver ao menos mais uma continuação para essa extensa - e um tanto cansada - saga. Temos aqui um “filme pipoca” que se faz valer, e que fica um pouco acima do que seria apenas uma obra genérica. Felizmente, a franquia ainda não está ameaçada, e sua extinção pode esperar mais um pouco...


Por Fábio Cavalcanti

Agradecimentos: Espaço Z e Universal Pictures.

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Grants For Single Moms