Dirigido por: Michael Chaves. Roteiro de: Ian Goldberg, Richard Naing e Akela Cooper. Fotografia de: Tristan Nyby. Estrelando: Taissa Farmiga, Jonas Bloquet, Storm Reid, Anna Popplewell e Bonnie Aarons.
Responsável pelo pavoroso A Maldição da Chorona e pelo mediano Invocação do Mal 3, Michael Chaves ataca novamente. Por algum motivo que só os executivos da Warner sabem, o "cineasta" ganhou mais um voto de confiança, recebendo a tarefa de comandar a continuação (do já problemático) A Freira. O filme de 2018 trouxe inconsistências narrativas imperdoáveis, mas fez algum sucesso com sua atmosfera carregada e performances contumazes.
O roteiro, escrito a seis mãos, acompanha novamente a noviça Irene (Taissa Farmiga). Agora acompanhada da colega Debra (a medíocre Storm Reid), ela mais uma vez tem que enfrentar o demônio Valak. Já o jovem Maurice (Bloquet), agora trabalha como servente num internato francês, onde uma capela bombardeada durante a Segunda Guerra permanece sempre trancada.
A Freira 2 é um terror de inspiração gótica que não sabe o que fazer com seus elementos. Com a exceção de uma cena afiada envolvendo uma banca de revistas, os set pieces vistos aqui pouco têm de eficazes, e adicionam apenas sustos vazios para o rico universo da franquia concebida por James Wan. Lançado no mesmo ano de Fale Comigo e Evil Dead Rise, fica difícil defender este projeto.
Esta continuação é, sem sombra de dúvidas, o segundo pior filme da fraquia. O primeiro, é claro, já foi citado no início do texto. Sustentado pelo carisma de Taissa Farmiga e por um ou outro jump scare mais inspirado, o longa é prejudicado por um roteiro pedestre e ritmo irregular, com reviravoltas dignas de uma novela da Globo. É triste quando um storytelling ruim suga todo o potencial de um filme. Que falta faz uma Annabelle...
Por Bernardo Argollo
Agradecimentos: Espaço Z e Warner Bros.
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