quarta-feira, 25 de julho de 2018

Crítica: Missão Impossível – Efeito Fallout (2018)













Dirigido e escrito por: Christopher McQuarrie. Produzido por: Tom Cruise, J.J. Abrams, Christopher McQuarrie. Estrelando: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca Ferguson, Sean Harris.

Oscilando entre o cafona e o clichê, a série Missão Impossível começou a se estabelecer como franquia icônica a partir de seu quarto filme, quando o padrão de qualidade subiu, com uma narrativa mais coesa, interessante e inteligente. Além disso, a franquia se tornou menos episódica com a adição de elementos que seriam resgatados pelos filmes seguintes.

O roteiro, escrito pelo próprio McQuarrie, mais uma vez acompanha o espião Ethan Hunt (Cruise) que, sempre correndo contra o tempo, precisa recuperar uma carga de plutônio que fora roubada, ao mesmo tempo em que a IMF entra no escrutínio da CIA, com a segunda passando a interferir nas ações da primeira. Ainda que peque pela exposição excessiva por algumas reviravoltas previsíveis (consegui antecipar a maioria delas antes que acontecessem), o carisma do protagonista e de seus companheiros Benji (Pegg) e Luther (Rhames) é suficiente para que estes problemas se tornem praticamente imperceptíveis.

Conhecido por suas cenas de ação bem montadas e enquadramentos elegantes, McQuarrie não decepciona nestes aspectos. Como bom conhecedor de linguagem cinematográfica, ele compreende que não é necessário tornar a ação incompreensível para imprimir tensão. Assim, o espectador sempre está consciente de onde estão os personagens, para onde se movimentam e em que posição se encontram em relação aos demais.

Além disso, o apuro estético da franquia se elevou a um nível nunca antes visto. O que não falta neste filme são planos memoráveis, como aquele que traz dois personagens conversando entre árvores, um plano plongé numa escadaria e aquele que retrata um corredor que vai em direção a um banheiro. E se um certo momento que envolve dois personagens caminhando emoldurados por estátuas douradas merecia ser impresso e pendurado na parede, o ato final é belíssimo em sua montagem, coreografia e impacto emocional.

Sempre ágil, inteligente e divertido, Efeito Fallout mantém a coesão de uma série que, desde 1996, nunca deu motivos reais para desapontamentos.

Por Bernardo Argollo

Agradecimentos: Espaço Z e Paramount Pictures.

0 comentários:

Postar um comentário

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Grants For Single Moms