Dirigido e escrito por: Christopher McQuarrie. Produzido por:
Tom Cruise, J.J. Abrams, Christopher McQuarrie. Estrelando: Tom Cruise, Henry Cavill, Ving Rhames, Simon Pegg, Rebecca
Ferguson, Sean Harris.
Oscilando entre o cafona e o clichê,
a série Missão Impossível começou a se estabelecer como
franquia icônica a partir de seu quarto filme, quando o padrão de qualidade
subiu, com uma narrativa mais coesa, interessante e inteligente. Além disso, a
franquia se tornou menos episódica com a adição de elementos que seriam
resgatados pelos filmes seguintes.
O roteiro, escrito pelo próprio McQuarrie, mais uma vez acompanha o espião Ethan Hunt (Cruise) que, sempre correndo contra o tempo, precisa recuperar uma carga de plutônio que fora roubada, ao mesmo tempo em que a IMF entra no escrutínio da CIA, com a segunda passando a interferir nas ações da primeira. Ainda que peque pela exposição excessiva por algumas reviravoltas previsíveis (consegui antecipar a maioria delas antes que acontecessem), o carisma do protagonista e de seus companheiros Benji (Pegg) e Luther (Rhames) é suficiente para que estes problemas se tornem praticamente imperceptíveis.
O roteiro, escrito pelo próprio McQuarrie, mais uma vez acompanha o espião Ethan Hunt (Cruise) que, sempre correndo contra o tempo, precisa recuperar uma carga de plutônio que fora roubada, ao mesmo tempo em que a IMF entra no escrutínio da CIA, com a segunda passando a interferir nas ações da primeira. Ainda que peque pela exposição excessiva por algumas reviravoltas previsíveis (consegui antecipar a maioria delas antes que acontecessem), o carisma do protagonista e de seus companheiros Benji (Pegg) e Luther (Rhames) é suficiente para que estes problemas se tornem praticamente imperceptíveis.
Conhecido por suas cenas de ação bem
montadas e enquadramentos elegantes, McQuarrie não decepciona nestes aspectos.
Como bom conhecedor de linguagem cinematográfica, ele compreende que não é
necessário tornar a ação incompreensível para imprimir tensão. Assim, o
espectador sempre está consciente de onde estão os personagens, para onde se
movimentam e em que posição se encontram em relação aos demais.
Além disso, o apuro estético da
franquia se elevou a um nível nunca antes visto. O que não falta neste filme
são planos memoráveis, como aquele que traz dois personagens conversando entre
árvores, um plano plongé numa escadaria e aquele que retrata um
corredor que vai em direção a um banheiro. E se um certo momento que envolve
dois personagens caminhando emoldurados por estátuas douradas merecia ser
impresso e pendurado na parede, o ato final é belíssimo em sua montagem,
coreografia e impacto emocional.
Sempre ágil, inteligente e
divertido, Efeito Fallout mantém a coesão de uma série que,
desde 1996, nunca deu motivos reais para desapontamentos.
Por Bernardo Argollo
Agradecimentos: Espaço Z
e Paramount Pictures.
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