terça-feira, 11 de outubro de 2022

Crítica: Halloween Ends (2022)

Dirigido por: David Gordon Green. Roteiro de: Paul Brad Logan, Chris Bernier, Danny McBride e David Gordon Green. Fotografia de: Michael Simmonds. Estrelando: Jamie Lee Curtis, Andi Matichak, James Jude Courtney, Will Patton, Rohan Campbell e Kyle Richards.

A série Halloween ajudou a definir o gênero slasher, lá nos fim dos anos 1970. Após diversas continuações, remakes e reboots, o filme de 2018 decidiu continuar a história diretamente do original, dando origem assim a uma trilogia.

Ambientado quatro anos após o último (e polêmico) filme, o roteiro mostra uma Laurie Strode (Curtis) que, finalizando seu livro de memórias, torna-se disposta a deixar todo o medo e ódio para trás, após um período de sumiço de sua nêmesis. Morando agora com sua neta Alysson (Matichak), ela logo percebe que sua tranquilidade era apenas momentânea. Enquanto isso, Corey, um morador de Haddonfield, tenta se reintegrar à sociedade após um trágico acidente.

Esteticamente, o longa recria planos e enquadramentos típicos da franquia, e homenageia momentos icônicos da franquia ora de maneira sutil, ora de maneira óbvia. Catártico em seu terceiro ato, o filme é inteligente ao mostrar como a população da cidade cria uma relação de necessidade com o psicopata. Sim, eles precisam de Myers, seja para lucrar ou simplesmente motivar seu ódio.

Destaque para o jovem Campbell, que interpreta o desajustado Corey. Ainda que o roteiro se apresse em seu arco, a mensagem por trás dele é válida, porém é o tipo de decisão narrativa sobre a qual os fãs da franquia provavelmente terão opiniões divergentes. Independente da proposta ousada que o projeto traga, creio que desta vez Michael Myers não volta. Digo, até proporem um reboot ou remake...

Perdendo-se ao introduzir uma nova história num longa que se propõe a ser uma conclusão, Green tenta justificar a ideia de continuidade do mal. De fato, o mal nunca termina, apenas muda de forma. O que finalmente terminou foi a jornada de Laurie Strode, depois de 44 anos e inúmeros altos e baixos.

Por Bernardo Argollo

Agradecimentos: Espaço Z e Universal Studios.

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